"Antes mundo era
pequeno
Porque Terra era
grande
Hoje mundo é muito
grande
Porque Terra é
pequena
Do tamanho da antena
Parabolicamará"
Lembro-me, recorrentemente,
deste verso da canção de Gilberto Gil quando penso nas redes sociais e nas
contaminações a que estas convidam. A notícia de que a França, no sentido de
proteger a Língua Francesa ou de não permitir que língua da Internet seja
exclusivamente o Inglês, não é nova. Quem acompanhou o crescer 'desta coisa'
que hoje faz parte dos dias de todos ou pelo menos de tantos, já o viu
acontecer antes. Mas agora é o hashtag ou cardinal (em português) que
está na berlinda (ler texto completo aqui)
Sou, declaradamente, adepta
das palavras bem-escritas, bem-ditas, todas e por inteiro. Gosto de pontos,
vírgulas e afins (excepção feita para o ponto de exclamação que
insuportavelmente tanto grita por aí). Gosto da Língua Portuguesa, de verbos e
das suas conjugações. Gosto também de jogos e de misturar palavras de
diferentes origens (serão?), gosto de símbolos e de contra-símbolos e gosto
deste mundo grande onde nos cruzamos e onde fomos construindo uma linguagem
comum (que não é o inglês, trust me).
Estejamos nós perante o hashtag,
mot-dièse ou cardinal, a língua que se fala no Twitter, no Instagam e
nas restantes redes não se define por decreto e tenho dúvidas se alguma vez
caberá num prontuário. Também tenho dúvidas se será assim que la belle
rèpublique marcará terreno.